Eu sei, mas não devia
A gente se acostuma a coisas
demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai
afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o
cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o
pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no
resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no
fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente
vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
(Fragmento extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09).
Atualmente a sociedade convive com um
grande conflito de valores. A super valorização do ter sobrepondo o ser.
A violência, a vida agitada e a padronização efetivada por meio do
consumo exacerbado na vida moderna têm ocasionado um senso de
naturalidade frente às ações que estão denegrindo de alguma forma o
valor humano.
Sabemos que a escola, como parte
integrante desta sociedade, possui uma grande responsabilidade na
participação da formação ética e moral do ser humano. Muito além do
conhecimento científico, precisamos educar para o desenvolvimento do ser
humano com ele mesmo, com o outro e com o meio ambiente.
Incluir o ensino de valores e o
desenvolvimento de atitudes no trabalho escolar não significa tomar como
alvo, como instrumento da ação pedagógica, o controle do comportamento
dos alunos, mas intervir de forma permanente e sistemática no
desenvolvimento de atitudes.
Nesse contexto, eu estou buscando durante o ano de 2013
contribuir na formação pessoal de minhas crianças, desenvolvendo um
sentimento de valorização daquilo que realmente nos faz pessoas
melhores, propiciando o crescimento pessoal e a boa convivência em
sociedade e com o meio ambiente.