Texto dado aos pais no final da reunião:
Escola
Municipal Adolpho Beranger Júnior
O NÓ DO AFETO - Eloi Zanetti
Era uma reunião numa escola. A diretora incentivava os pais a apoiarem as
crianças, falando da necessidade da presença deles junto aos filhos. Mesmo
sabendo que a maioria dos pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da
necessidade de acharem tempo para seus filhos.
Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou que saía tão cedo de
casa, que seu filho ainda dormia e que, quando voltava, o pequeno, cansado, já
adormecera. Explicou que não podia deixar de trabalhar tanto assim, pois estava
cada vez mais difícil sustentar a família. E contou como isso o deixava
angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos fins de semana.
O pai, então, falou como tentava redimir-se, indo beijar a criança todas as
noites, quando chegava em casa. Contou que a cada beijo, ele dava um pequeno nó
no lençol, para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o
menino sabia que seu pai o amava e lá estivera. E era o nó o meio de se ligarem
um ao outro.
Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou ser
aquele menino um dos melhores e mais ajustados alunos da classe. E a fez
refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos têm de se comunicarem,
de se fazerem presentes nas vidas uns dos outros. O pai encontrou sua forma
simples, mas eficiente, de se fazer presente e, o mais importante, de que seu
filho acreditasse na sua presença.
Para que a comunicação se instale, é preciso que os filhos 'ouçam' o coração
dos pais ou responsáveis, pois os sentimentos falam mais alto do que as
palavras. É por essa razão que um beijo, um abraço, um carinho, revestidos de
puro afeto, curam até dor de cabeça, arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro,
etc.
Uma criança pode não entender certas palavras, mas sabe registrar e gravar um
gesto de amor, mesmo que este seja um simples nó.
E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho?
Obrigada pela sua presença!!!
Turma: 203
Série: 2º ano
Professora:
Viviane D’Araújo