O trecho a seguir, retirado do livro Um “Toc” na Cuca, pode ilustrar com clareza essa mudança:
Quando eu estava no meio do curso colegial, meu professor de inglês fez uma pequena marca de giz no quadro-negro.Às vezes, a culpa é mesmo de nós, professores. Quer ver? Quantas aulas neste semestre você disponibilizou para os trabalhos criativos? Muitas? E que materiais, além de cartolina, EVA ou massa de modelar você utilizou nesses trabalhos? Jornais e revistas são ótimos materiais, mas não são exatamente uma inovação...
Ele perguntou à turma o que era aquilo. Passados alguns segundos, alguém disse: “É uma marca de giz no quadro-negro”. O resto da classe suspirou de alívio, porque o óbvio foi dito e ninguém tinha mais nada a dizer. “Vocês me surpreendem”, o professor falou, olhando para o grupo. “Fiz o mesmo exercício ontem, com uma turma do jardim da infância, e eles pensaram em umas cinqüenta coisas diferentes: o olho de uma coruja, um inseto esmagado e assim por diante. Eles realmente estavam com a imaginação a todo vapor.”
Nos dez anos que vão do jardim da infância ao colegial, nós tínhamos aprendido a encontrar a resposta certa, mas também havíamos perdido a capacidade de procurar outras respostas certas e perdido muito em capacidade imaginativa.
Que tal tentar as brincadeiras que relacionei a seguir?
Música com materiais de casa
Caixa de ovos, latas de bebida, colheres, pauzinhos ou hastes de madeira podem transformar-se em instrumentos musicais. Use a criatividade!Enchendo objetos
Dê para as crianças diferentes latinhas, copos de iogurte vazios, papelões, garrafas de plástico etc. Elas poderão encher esses objetos com areia, e no verão brincar fora ou também utilizando água. Comece com você demonstrando como se pode construir uma torre, uma montanha etc. com areia; logo elas estarão fazendo o mesmo.
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