segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sugestões de como agir com o 2º segmento do ensino fundamental e com o ensino médio



Para encorajar a criatividade de alunos dessa faixa etária, é necessário criar um clima favorável a seu desenvolvimento. Uma de suas características fundamentais é a receptividade a novas idéias, e isso pode ser implementado através de algumas atitudes simples.
É primordial dar chance ao aluno para levantar questões, elaborar e testar hipóteses, discordar, propor interpretações alternativas, avaliar criticamente fatos, conceitos, princípios, idéias. Além disso, o professor deve ter atitude de respeito pelas questões levantadas, independentemente de serem banais e irrelevantes ou “inteligentes” e bem formuladas. O professor deve também dar tempo ao aluno para desenvolver sua criatividade, pois nem toda idéia ocorre imediata e espontaneamente.
Parece fácil criar um ambiente de respeito e aceitação mútuas, em que os alunos possam compartilhar, desenvolver e aprender tanto uns com os outros e com o professor, como independentemente, mas alguns professores não conseguem. A escola pode ajudar, mas essa é uma tarefa essencialmente do professor.
É preciso estimular no aluno a habilidade de pensar em consequências para acontecimentos imaginários e para outros que já ocorreram no passado ou que poderão ocorrer no futuro. Alguns exemplos de problemas que poderão ser propostos são:
  • O que aconteceria se a Terra estivesse mais distante do Sol?
  • Quais serão as consequências do efeito estufa?
O sentimento de ameaça e temor, tão frequente em nossas escolas, deve dar lugar ao desejo de arriscar, de experimentar e de manipular; o medo do fracasso e da crítica, tão comum entre nossos alunos, não deve existir. Ele impede a sensação de liberdade para inovar e explorar, sem medo de avaliação.
Devemos valorizar o trabalho do aluno, suas contribuições e idéias. De modo geral, nossa maior tendência é de tecer comentários negativos, comunicando ao aluno apenas a extensão de seus erros, salientando seus fracassos e sua incompetência. Muito raramente ouve-se um professor dizer para o aluno: “Como você é capaz!” “Como a sua idéia é original!” “Como você escreve bem!”. Por outro lado, sabemos que todo ser humano, seja criança, adolescente ou adulto, tem uma necessidade básica de ser aceito, de ser estimado, de ser valorizado, de ver as suas contribuições, os seus esforços, o seu ponto de vista reconhecido e valorizado; de perceber-se como tendo alguma habilidade especial.
Os professores de língua portuguesa, por exemplo, ao solicitar uma redação, não devem apenas pedir aos alunos que escrevam sobre determinados temas e corrigir posteriormente as redações com comentários positivos ou negativos. Para facilitar redações criativas, o professor deve fazer uso dos mais variados recursos, possibilitando às crianças trabalhar com as idéias antes de colocá-las no papel. Alguns recursos seriam:
  • Dar oportunidade aos alunos para desenvolver sua imaginação e para elaborar idéias imaginativas com relação a um determinado tema proposto pelo professor ou pelo aluno.
  • Estimular a aplicação de princípios para gerar novas idéias, como pensar em outros usos, adaptar; modificar; substituir; rearranjar; combinar etc.
  • Encorajar a criação de idéias que sejam de toda a classe, antes de partir para um trabalho individual, em que as idéias do grupo possam ser aproveitadas.
  • Não considerar disciplina como alunos sentados, quietos e de boca fechada. Aceitar a espontaneidade, a iniciativa, o senso de humor e a capacidade criadora como traços universais do homem que não devem ser prescritos da sala de aula, mas devem antes ser cultivados.
Lembre-se de que alunos criativos só poderão ser formados por professores criativos. Por isso, reinvente-se, renove-se, reveja sempre sua prática docente, faça cursos, informe-se... E, em sala de aula, dê asas à imaginação!

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